O tatuí é uma isca muito eficiente

Quando o assunto é isca, é comum recorrer as mais fáceis, como o camarão morto ou o corrupto. Porém, uma opção muito produtiva, que passa quase despercebida, é o tatuí (Emerita brasiliensis). Esse pequeno crustáceo, também chamado de tatuíra, faz a diferença, principalmente com os pampos e betaras.CLIQUE AQUI E LEIA MAIS





Texto Marcelo Rubio Esteves*

Os tatuís aparecem em praias de tombo, naquelas onde a areia é grossa e fofa. Quanto mais próximo da maré cheia, no outono e inverno, maior é a chance de encontrar grandes comunidades do crustáceo.
Para capturá-los, fique de olho quando a onda quebra, lava a faixa de areia e começa a recuar, nesse momento é possível vê-lo se enterrar na areia.
Alguns pescadores pegam com as mãos, mas para fazer as investidas renderem mais, pode-se usar um puçá ou uma pá. Enterre a ferramenta na areia e aguarde o recuo da onda, depois é só jogar a areia em cima de uma peneira, dessas usadas na construção civil. Agora é só conferir.
Como iscar
Existem tatuís de casca mais dura e outros mais mole, que são os mais fáceis de manusear. Para iscá-los, comece a retirar as partes laterais da casca, até removê-la por inteiro, com calma para não cortá-lo ao meio.

Introduza o anzol da cauda (parte mais fina) para a cabeça, deixando as patas viradas para fora. A ponta do anzol pode ficar aparente ou levemente escondida.

Por último, o fio elástico em pequena quantidade para que não se soltem nos arremessos mais longos, nos curtos nem é preciso amarrar.

Como conservar
Separe apenas a quantidade de isca necessária para a pescaria, evite desperdícios. A forma mais eficaz de conservar o tatuí vivo, é colocar uns dois dedos de areia seca e fresca numa cesta de vime conhecida como “chicaca”, coloque-os dentro do recipiente e cubra com mais uma camada de areia. Importante, mantenha a cesta sempre na sombra – eles são extremamente sensíveis ao calor. Dessa forma é possível mantê-los vivos por 24 horas.
Identifique o tatuí mais produtivo
Quando capturamos esses crustáceos, há exemplares de vários tamanhos. Solte os menores e guarde, principalmente, os ovados, facilmente identificados pela cor alaranjada do abdômen. Esses exemplares (fêmeas) são mais produtivos na pescaria, não se sabe ao certo o motivo, talvez por serem maiores que os machos ou por causa das ovas.

Fonte: www.guiapescadepraia.com.br 

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