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Por Julio Hosoiri
De início, questionei a eficácia dos aditivos para aumentar a eficiência de massas e outras iscas naturais. Afinal, em pescaria (geralmente) não há milagres. No entanto, como participante de competições em pesqueiros já presenciei fatos que conspiram fortemente para o contrário.
Recentemente, encontrei nas lojas um super atrativo, que promete transformar qualquer massa em uma isca irresistível. Com tantos indícios de uma nova tendência dentro dos pesqueiros, me senti na obrigação de investigar mais sobre o assunto, conversando com pescadores e lojistas e anotando suas preferências e dicas para turbinar suas massas. Ficou curioso? O jeito é experimentar e tirar suas próprias conclusões.
Açúcar cristal: pessoalmente, o utilizo nas massas caseiras para pescarias de tilápias e da carpa-cabeçuda. Alguns pescadores preferem o açúcar mascavo, que, dizem, se dissolve melhor quando a massa é misturada com a água do lago, sem ficar melada.
Essências em pó para sorvetes: os sabores mais usados são morango, goiaba, mel, banana e milho verde, principalmente para a pesca da tilápia e da carpa-cabeçuda.
Suco em pó: talvez por avermelhar a massa, o sabor morango é bastante usado para tilápias. O de maracujá é utilizado para os peixes redondos (pacu, tambacu, patinga e outros), carpas-húngaras e carpas-espelho.
Canela em pó: muito utilizada em massas caseiras. Particularmente, tenho obtido bons resultados com seu uso na pesca de tilápias grandes, pirararas, catfishes e tambacus.
Gengibre em pó: pescadores de carpas-cabeçudas usam com a finalidade de afugentar os pequenos peixes que atacam as “coxinhas” de massa e dificultam a aproximação dos peixes maiores, que, supostamente, não rejeitam o gengibre em pó.
Alho seco e moído: muitos pescadores de varas telescópicas levam este produto em saleiros. Jogam nas cevas, nas massas ou diretamente na água. Segundo alguns aquaristas, o artifício estimula a fome dos peixes.
Chocolate em pó: misturado tanto em massas industrializadas como nas caseiras.
Hondashi: é a marca registrada de um tempero japonês à base de peixe desidratado, muito usado na culinária oriental. Além de polvilhar sobre a massa, alguns pescadores preparam um caldo desse produto e nele mergulham suas iscas vivas, pouco antes de utilizá-las.
Missô: outro produto da culinária japonesa. Trata-se de uma pasta salgada fermentada feita de arroz, cevada e soja, usada para fazer o famoso missoshiro. A utilização é semelhante à do hondashi.
Minhoca em pó e farinha de sangue: são produtos encontrados em lojas para complementar as massas industrializadas ou caseiras. Utilizo-os no segundo caso, para a pesca de tilápias e catfishes.
Ração moída P-45: ração de proteína “intermediária” que vai muito bem para ser misturada com massas caseiras ou para turbinar as massas industrializadas.
Fonte: http://www.revistapesca.com.br
Link para a matéria: http://www.revistapesca.com.br/tecnicas/265-po-de-pirlimpimpim
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